Sente aquela dor incômoda na garganta e, ao examinar no espelho, percebe bolinhas brancas ou amareladas? A garganta com pus é um problema comum que pode ter diversas origens e, por isso, é essencial buscar informações precisas para entender o que está acontecendo e como se livrar desse desconforto.
Neste artigo, vamos falar mais sobre garganta com pus. Desvendaremos as principais causas dessa condição, desde infecções virais e bacterianas até alergias e outros fatores menos comuns. Também detalharemos os sintomas que podem te ajudar a identificar o problema e, por fim, apresentaremos as opções de tratamento.
Lembre-se: este conteúdo é informativo e não substitui a consulta médica. É fundamental buscar ajuda profissional para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado.
Garganta com pus: o que pode ser?
A garganta com pus é um sinal que pode indicar diversas condições, desde as mais comuns como faringite e amigdalite, até outras menos frequentes como mononucleose e abcesso peritonsilar.
Embora a tentação de se autodiagnosticar seja grande, é fundamental evitar essa prática, pois o risco de interpretações incorretas e decisões precipitadas sobre o tratamento é alto.
Cada caso é único e exige avaliação individualizada por um médico. Apenas um profissional capacitado poderá realizar o diagnóstico preciso e indicar o tratamento adequado para o seu caso.
Causas comuns de pus na garganta
A garganta com pus é um sinal clínico que pode indicar diversas condições, desde as mais comuns até as menos frequentes. É fundamental buscar um diagnóstico médico preciso para determinar a causa subjacente e receber o tratamento adequado.
Garganta com pus é sempre um sinal de amigdalite bacteriana?
Nem sempre! As amígdalas são estruturas linfoides presentes na parte posterior da garganta que auxiliam na defesa do organismo contra infecções. A amigdalite se caracteriza pela inflamação dessas estruturas, podendo ser causada por vírus ou bactérias.
Embora a amigdalite seja uma das causas mais comuns de garganta com pus, outras afecções também podem apresentar esse sintoma
Infecções virais
As infecções virais são a causa mais comum de garganta com pus. Os principais vírus responsáveis por essa condição são:
- Rinovírus: causador do resfriado comum;
- Vírus influenza: causador da gripe;
- Adenovírus: pode causar resfriado, faringite e conjuntivite;
- Vírus Epstein-Barr: causador da mononucleose infecciosa.
Infecções bacterianas
As infecções bacterianas também podem causar garganta com pus. A faringite estreptocócica é a infecção bacteriana mais comum da garganta, causada pela bactéria Streptococcus pyogenes.
O diagnóstico da faringite estreptocócica é feito por meio de exame físico e teste de escarro para identificar a presença da bactéria Streptococcus pyogenes.
Exemplos comuns de infecção bacteriana são:
- Faringite estreptocócica;
- Amigdalite bacteriana;
- Difteria.
Quem é mais suscetível à inflamação com pus na garganta?
A dor de garganta com pus é um problema comum que pode afetar pessoas de todas as idades. No entanto, alguns grupos apresentam maior risco de desenvolver essa condição.
As crianças continuam desenvolvendo seu sistema imunológico, o que as torna mais suscetíveis a infecções, incluindo as que causam dor de garganta com pus. Em ambientes como creches e escolas, as crianças têm maior contato com outras, aumentando a chance de disseminação de vírus e bactérias causadores da doença.
Indivíduos com alergias respiratórias, como rinite alérgica, podem ter mucosas mais sensíveis e inflamadas, facilitando a instalação de infecções. Além disso, o tabagismo prejudica o sistema imunológico e as mucosas da garganta, aumentando o risco de infecções e a gravidade dos sintomas.
Quais os sintomas associados ao pus na garganta?
A dor de garganta com pus é um sinal clínico comum que pode indicar diversas afecções. A presença de pus na garganta, geralmente na forma de placas brancas ou amareladas nas amígdalas, é um indicativo importante de infecção, mas nem sempre é o único sintoma presente.
Para te ajudar a identificar a dor de garganta com pus e buscar o auxílio médico adequado, elencamos os principais sintomas associados a essa condição:
- Dor de garganta: a característica principal, pode ser leve, moderada ou intensa, e se agravar à deglutição;
- Presença de pus: nas amígdalas, que podem apresentar-se eritematosas, aumentadas e com placas brancas (exsudato purulento);
- Febre: pode variar de baixa a alta, a depender da causa subjacente;
- Calafrios: sensação de frio intenso, geralmente acompanhada por febre;
- Tosse: pode ser seca ou produtiva, com expectoração de muco;
- Rinorreia: corrimento nasal, geralmente claro ou amarelado;
- Congestão nasal: obstrução das vias nasais, dificultando a respiração;
- Otalgia: dor nos ouvidos;
- Laringite: rouquidão ou perda da voz;
- Halitose: mau hálito;
- Dificuldade para engolir: em alguns casos, a dor de garganta pode ser tão intensa que torna a deglutição difícil ou dolorosa’
- Dor de cabeça: pode ser leve ou intensa;
- Náuseas e vômitos: em alguns casos;
- Linfadenopatia cervical: aumento dos gânglios linfáticos no pescoço.
Como é feito o diagnóstico para garganta com pus?
Diagnosticar a causa da dor de garganta com pus exige atenção e investigação médica para determinar a causa precisa e iniciar o tratamento adequado. O diagnóstico assertivo garante a escolha da terapia mais eficaz e previne complicações.
A jornada para o diagnóstico da garganta com pus começa com uma consulta médica individualizada. O profissional de saúde, seja um médico generalista, otorrinolaringologista ou pediatra (para crianças), realizará uma avaliação clínica completa, coletando dados importantes como:
- Histórico de saúde: doenças preexistentes, alergias, uso de medicamentos e histórico familiar de doenças relevantes;
- Sintomas presentes: detalhes sobre a dor de garganta, presença de pus, febre, calafrios, tosse, congestão nasal, dor de ouvido, rouquidão, náuseas e vômitos, além da data de início e progressão dos sintomas;
- Hábitos de vida: fatores como tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, prática de atividade física e qualidade do sono podem influenciar na avaliação, por isso a importância de manter bons hábitos de saúde.
Em alguns casos é necessário o exame físico presencial completo para ajudar no diagnóstico, porém há casos em que apenas a história clínica bem colhida e uma anamnese bem feita já ajudam na conclusão do diagnóstico.
Em alguns casos, o médico pode solicitar exames complementares para confirmar o diagnóstico e auxiliar na escolha do tratamento mais adequado.
Em situações em que a consulta presencial não é possível, os benefícios da telemedicina podem ser uma opção viável para avaliação inicial da garganta com pus. Por meio de videochamada, o médico poderá realizar a anamnese, observar a garganta do paciente por meio da câmera do dispositivo e, em alguns casos, solicitar exames complementares a serem realizados posteriormente em um laboratório ou clínica.
Quais as opções de tratamento da garganta com pus?
As opções de tratamento variam conforme a causa da infecção, mas medidas gerais podem ser tomadas para aliviar os sintomas e auxiliar na recuperação.
Permita que seu corpo descanse e se recupere da infecção. Evite atividades físicas e ambientes com aglomerações. Beba bastante água, sucos naturais, chás mornos e outras bebidas sem gás para manter a garganta hidratada e fluidificar as secreções.
Alguns medicamentos podem ser utilizados para aliviar a dor de garganta e a febre, seguindo as orientações médicas e dos rótulos dos medicamentos, jamais como forma de automedicação.
O tratamento específico da garganta com pus depende da causa da infecção, conforme detalhado a seguir:
- Infecções virais: geralmente tratadas com medidas sintomáticas como as mencionadas acima, o organismo combate a infecção por conta própria. Em alguns casos, o médico pode prescrever antivirais, se necessário;
- Infecções bacterianas: tratadas com antibióticos específicos, de acordo com a bactéria identificada. O uso inadequado de antibióticos pode aumentar o risco de resistência bacteriana, por isso, é crucial seguir as orientações médicas rigorosamente.
Importância do acompanhamento especializado
O acompanhamento médico especializado é fundamental em todas as etapas, desde o diagnóstico preciso até o monitoramento da evolução do quadro clínico.
O médico, por meio de avaliação clínica, exames físicos e complementares, determinará a causa subjacente da infecção, seja ela viral ou bacteriana. Essa precisão garante a escolha do tratamento mais eficaz, evitando o uso inadequado de antibióticos e seus riscos.
O tratamento ideal varia de acordo com a causa da infecção, a gravidade dos sintomas, as características do paciente e suas comorbidades. O acompanhamento médico permite que o profissional personalize o tratamento, ajustando-o às necessidades individuais de cada caso.
Infecções não tratadas ou mal tratadas podem evoluir para complicações graves, como abscesso periamigdaliano, pneumonia, febre reumática e glomerulonefrite aguda. O acompanhamento médico especializado previne essas complicações, garantindo a recuperação completa e o bem-estar do paciente.
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Créditos da imagem: Doucefleur em iStock
Revisado por:
Juliana Seixas
Especialista em Medicina de Família pela UERJ. Médica do Trabalho pela Funorte. Pós graduanda em gestão de saúde pela FGV. CREMERJ 52981249.