Distimia: o que é, sintomas, diagnóstico e tratamento

mulher branca deitada em seu sofá com uma mão apertando o meio dos olhos para indicar cansaço

A distimia é uma condição muitas vezes confundida com depressão, mas que possui determinadas diferenças marcantes.

Por exemplo, você já se sentiu triste ou desanimado por longos períodos, sem uma razão aparente? Ou conhece alguém que parece estar constantemente em um estado de baixa energia e melancolia? 

Isso pode ser mais do que apenas um momento ruim; pode ser um sinal de distimia, também conhecida como transtorno depressivo persistente. 

Neste artigo, vamos explorar tudo sobre a distimia: suas causas, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento. Continue lendo para entender melhor essa condição e descobrir como buscar ajuda para si mesmo ou para alguém que você conhece.

O que é distimia?

Distimia, também conhecida como transtorno depressivo persistente, é uma forma crônica de depressão que dura por pelo menos dois anos. 

Diferente da depressão maior, que pode ocorrer em episódios mais intensos e de curta duração, a distimia é caracterizada por uma sensação constante de tristeza e falta de interesse nas atividades diárias. 

A pessoa pode não experimentar a intensidade dos sintomas da depressão maior, mas a presença contínua de sintomas mais leves pode ser igualmente debilitante.

Qual a diferença entre distimia e depressão?

A principal diferença entre distimia e depressão maior é a duração e a intensidade dos sintomas. 

A depressão maior envolve episódios de sintomas severos que duram pelo menos duas semanas, enquanto a distimia é uma condição crônica com sintomas menos intensos, mas que persistem por dois anos ou mais. 

Enquanto a depressão maior pode causar uma interrupção significativa na vida da pessoa, a distimia tende a ser mais insidiosa, afetando lentamente o bem-estar e a funcionalidade ao longo do tempo.

Quais são as principais causas da distimia?

As causas da distimia não são completamente compreendidas, mas acredita-se que uma combinação de fatores biológicos, genéticos, ambientais e psicológicos contribua para o seu desenvolvimento:

  • Genética: histórico familiar de depressão pode aumentar o risco de desenvolver distimia.
  • Química cerebral: desequilíbrios nos neurotransmissores do cérebro, como serotonina e dopamina, podem desempenhar um papel importante.
  • Fatores ambientais: experiências de vida estressantes, como traumas, abuso, perda de um ente querido ou estresse crônico.
  • Fatores psicológicos: traços de personalidade, como baixa autoestima, pessimismo e autocrítica severa, podem aumentar a vulnerabilidade à distimia.

Existem fatores de risco para desenvolver a distimia?

Um dos fatores de risco mais significativos para o desenvolvimento da distimia é o histórico familiar. 

Ter parentes próximos, como pais ou irmãos, que sofrem de transtornos de humor ou depressão, aumenta significativamente o risco de uma pessoa desenvolver distimia. 

A genética desempenha um papel importante aqui, pois certas variantes genéticas podem predispor um indivíduo a transtornos de humor. 

Além disso, experiências traumáticas ou estressantes, especialmente na infância, são outro fator de risco significativo para a distimia. 

A exposição a estresse crônico pode levar a alterações nos sistemas biológicos, como o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), que regula a resposta ao estresse e pode estar disfuncional em indivíduos com distimia .

A presença de outras condições mentais, como transtornos de ansiedade, depressão maior ou abuso de substâncias, pode aumentar o risco de desenvolver distimia. A comorbidade entre distimia e outros transtornos é comum; por exemplo, muitos indivíduos com distimia também sofrem de transtorno de ansiedade generalizada ou transtorno de pânico. 

O isolamento social e a falta de uma rede de apoio são fatores que podem agravar a sensação de solidão e desesperança associada à distimia. 

Aspectos psicológicos, incluindo traços de personalidade e estilos de enfrentamento, também podem influenciar o risco de desenvolver distimia. Pessoas com um estilo de pensamento pessimista ou baixa resiliência emocional são mais propensas a sofrer de distimia. 

A capacidade de lidar com o estresse de maneira adaptativa também desempenha um papel crucial; indivíduos que têm dificuldades em gerenciar o estresse ou que têm uma visão negativa do futuro podem estar em maior risco.

A distimia pode afetar crianças e adolescentes?

Sim, a distimia pode afetar crianças e adolescentes. Nos jovens, os sintomas podem se manifestar de maneiras diferentes, como irritabilidade em vez de tristeza. 

Eles podem ter dificuldades na escola, problemas de comportamento, e uma sensação constante de descontentamento. Assim, é crucial reconhecer esses sintomas e buscar auxílio médico ou psicológico especializado cedo para que possam receber o apoio e tratamento necessários.

Quais os principais sintomas da distimia?

Os sintomas da distimia podem variar, mas geralmente incluem:

  • Sintomas emocionais:
    • Sentimentos persistentes de tristeza ou vazio;
    • Perda de interesse em atividades anteriormente apreciadas;
    • Sentimentos de desesperança;
    • Baixa autoestima;
    • Irritabilidade (particularmente em crianças e adolescentes).
  • Sintomas físicos:
    • Fadiga ou falta de energia;
    • Alterações no apetite (perda ou ganho de peso);
    • Problemas de sono (insônia ou sono excessivo);
    • Dores e desconfortos físicos sem causa aparente.

Como diferenciar distimia de outras causas?

Diferenciar a distimia de outras condições requer uma avaliação cuidadosa por um profissional de saúde mental. 

A distimia é crônica e persistente, enquanto outras condições, como a depressão maior ou o transtorno bipolar, podem ter períodos de melhora e piora. 

Além disso, é importante descartar outras causas médicas que possam contribuir para os sintomas depressivos, como distúrbios da tireoide ou deficiências nutricionais. Para isso, sempre busque avaliação médica.

Como é feito o diagnóstico da distimia?

O diagnóstico da distimia é realizado por um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra, utilizando critérios específicos do DSM-5:

  • Presença de sintomas depressivos: Por pelo menos dois anos em adultos (um ano em crianças e adolescentes), sem períodos livres de sintomas que durem mais de dois meses.
  • Sintomas que causam sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento diário: Em áreas importantes como trabalho, escola ou relações sociais.
  • Exclusão de outras condições: Garantir que os sintomas não sejam causados por outras condições médicas ou transtornos mentais.

O autodiagnóstico deve ser evitado, e você deve buscar auxílio médico para avaliar os critérios e receber um diagnóstico preciso, caso haja.

Como ajudar alguém com distimia?

Se você conhece alguém com distimia, existem várias maneiras de ajudar:

  • Ofereça apoio emocional: Seja um ouvinte atento e compreensivo, mostrando empatia sem julgamento.
  • Encoraje a busca de ajuda profissional: Incentive a pessoa a procurar um psicólogo ou psiquiatra para uma avaliação e tratamento adequado.
  • Eduque-se sobre a distimia: Aprender sobre a condição pode ajudar a entender melhor o que a pessoa está passando e como oferecer suporte eficaz.
  • Apoie na adesão ao tratamento: Ajude a pessoa a seguir as recomendações médicas, como tomar medicação e participar de sessões de terapia.

Quais as principais opções para tratar a distimia?

O tratamento da distimia geralmente envolve uma combinação de terapias e, em alguns casos, medicação:

  • Psicoterapia: ajuda a identificar e modificar padrões de pensamento negativos e comportamentos depressivos;
  • Medicação: Alguns fármacos podem ser prescritos para ajudar a melhorar o humor e aliviar os sintomas;
  • Terapias complementares: Técnicas como mindfulness, meditação e exercício físico regular podem ajudar a reduzir os níveis de estresse e melhorar o bem-estar geral.
  • Mudanças no estilo de vida: Adotar uma dieta balanceada, manter uma rotina de sono regular e evitar o uso de álcool e drogas.

Como consultar um médico?

Para consultar um médico sobre distimia, considere as seguintes etapas:

  • Agendar uma consulta online: Utilize os benefícios da telemedicina para falar com um especialista sem sair de casa.
  • Consultar um psicólogo ou psiquiatra: Para uma avaliação mais aprofundada e recomendações de tratamento.
  • Evitar a automedicação: Consulte um profissional antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso para evitar complicações. Saiba mais sobre os problemas da automedicação.

Portanto, a distimia é uma condição séria que pode afetar significativamente a qualidade de vida. Mas com o tratamento adequado, é possível gerenciar os sintomas e melhorar o bem-estar. 

Se você ou alguém que você conhece está com distimia, ou se percebe que pode haver algum problema associado a saúde mental, é importante buscar ajuda profissional. Para saber mais sobre como a telemedicina pode ajudar, visite a página de pacientes da Conexa Saúde ou agende uma consulta online.

Créditos da imagem: VioletaStoimenova em iStock


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