As doenças do século XXI

doenças do século XXI

Tanto a saúde quanto a doença passaram por inúmeras transformações ao longo dos últimos anos. A verdade é que, com o mundo contemporâneo e os avanços na medicina, muitas doenças possuem cura. No entanto, com a correria da atualidade, são comuns as doenças relacionadas à estilo de vida e saúde mental.

Portanto, é preciso saber quais são os fatores responsáveis para promover um equilíbrio físico e mental durante o estresse do dia a dia.

Continue a leitura e saiba mais sobre o tema e como essas doenças do século XXI podem afetar o cotidiano das pessoas.

Mal do século: Depressão

A depressão é considerada uma doença do século XXI, com prevalência anual na população em geral de 3%-11%. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão é a quarta principal causa de ônus de doenças atuais. Se persistir a incidência, até 2020 estará em segundo lugar.

De acordo com estudos, a depressão está associada com incapacidade funcional, limitações na sua atividade e comprometimento da saúde física. Além disso, é observado que esses pacientes procuram com maior frequência os serviços de saúde. Cabe ressaltar que a maioria dos casos de depressão (cerca de 50%), não são detectados pelo médico clínico na atenção primária.

A depressão não escolhe quem e nem quando. A prevalência é de ser 2 a 3 vezes mais comum em mulheres do que em homens, e com alta chance de recorrência ao longo de suas vidas.

Identificação da depressão

É importante saber da existência de algumas perguntas que auxiliam os médicos na identificação desse transtorno mental durante uma consulta:

  • Durante o último mês, você se sentiu incomodado por estar para baixo, deprimido ou sem esperança?
  • Durante o último mês você se sentiu incomodado por ter pouco interesse ou prazer para fazer as coisas?
  • Você vem tendo pouca energia?
  • Você vem tendo perda de confiança em você mesmo?
  • Você vem tendo dificuldade em se concentrar?
  • Você vem tendo perda de peso? Pouco apetite?
  • Você tem acordado cedo? E se sente pior de manhã?

Existem alguns fatores de risco já relatados, por exemplo, pessoas que passaram por eventos adversos durante a vida, desemprego, luto e trauma psicológico.

Essa doença pode entrar em ciclo vicioso, uma vez que leva a mais estresse e disfunção, piorando o quadro clínico e situação de vida.

No entanto, o tratamento pode ser feito por psicoterapia, medicamentos antidepressivos e pelo apoio da família, sendo de fundamental importância para o bem-estar desses pacientes identificar e prevenir com o tratamento correto, a fim de minimizar a morbi-mortalidade associada a doença.

Síndrome de Burnout

O trabalho por ocupar grande parcela do tempo, causa limitações e barreiras para o convívio em sociedade e momentos de lazer. Mas nem sempre essas pessoas alcançam a realização profissional.

Ainda pode causar problemas como insatisfação ou até mesmo exaustão física e emocional. Por isso, a definição da palavra Burnout é utilizada para referir a algo que parou de funcionar por exaustão.

Segundo o artigo sobre a Síndrome de Burnout, essa é uma doença que tem sido muito comum devido ao processo de globalização da economia, aumento das novas tecnologias, grande competição no mercado de trabalho e a necessidade de produzir maior quantidade em menos tempo possível, além de muitos outros fatores de risco que acabam causando desgastes aos trabalhadores.

Outro ponto importante é a sua prevalência em médicos durante a residência, sendo considerados importante grupo vulnerável dessa síndrome.

Sinais e sintomas

  • Fadiga, dores musculares ou osteomusculares, distúrbios do sono e do sistema respiratório, cefaléias/ enxaquecas, perturbações gastrointestinais, imunodeficiência, problemas cardiovasculares, disfunções sexuais e alterações menstruais em mulheres;
  • Falta de atenção/ concentração, alteração na memória, lentificação do pensamento, sentimento de alienação, de solidão e impotência, impaciência, labilidade emocional;
  • Incapacidade para relaxar, dificuldade na aceitação de mudanças, perda de iniciativa, aumento de consumo de substâncias, comportamento de alto risco e suicídio;
  • Isolamento social e perda de interesse pelo trabalho e até pelo lazer.

O tratamento consiste em psicoterapia e em algumas situações são indicados medicamentos. Além disso, é muito importante a mudança do estilo de vida, mantendo um equilíbrio entre o profissional e pessoal.

Obesidade

Sabe-se que a obesidade é uma doença muito comum nos dias atuais, devido a falta de tempo para se dedicar a alimentação saudável e a prática de exercícios físicos. 

Contudo, é considerada importante fator de risco para outras doenças: dislipidemias, doenças cardiovasculares e diabetes mellitus II. 

O diagnóstico, segundo estipulado pela OMS, é feito pelo IMC- índice de massa corporal. Esse cálculo é feito a partir de uma relação entre o peso corporal e a estatura dos indivíduos. Quando o valor for igual ou maior que 30 kg/m² serão considerados obesos

Caráter multifatorial

A obesidade se apresenta com caráter multifatorial. Por exemplo, históricos familiares, ecológicos, políticos, socioeconômicos, psicossociais, biológicos e culturais.

Diante desse cenário, é necessário envolver políticas públicas para ações que promovam a saúde desses pacientes. Integrar, ainda, uma visão no bem estar e qualidade de vida da população. Ademais, é preciso difundir as informações sobre esse assunto para criar responsabilidade no autocuidado e participar no processo de promoção à saúde.

Doenças respiratórias e a poluição do ar

O tabagismo, é considerado, na contemporaneidade, o principal agressor das vias áreas.

É de conhecimento geral que o hábito de fumar, pode gerar diversas doenças, desde pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) até doenças cardiovasculares. Também é considerada importante fator de risco para neoplasias das vias respiratórias, neoplasia de bexiga, rim, pâncreas, esôfago, estômago, entre outras enfermidades. 

No entanto, o fumo não afeta somente os tabagistas. Foi visto que os fumantes “passivos” também são prejudicados. Inclusive as crianças que frequentam os locais com a fumaça. Por isso, o Ministério da Saúde do Brasil recomenda, em seu manual “Assistência e Controle das IRAs”, que é preciso evitar crianças em ambientes poluídos por fumaça, seja causada por fogo ou por cigarros.

Cardiopatia isquêmica

Sabe-se que a mortalidade dessa doença no Brasil é elevada. Foi analisado que em São Paulo, as doenças cardíacas foram responsáveis por 403,1 óbitos masculinos e 171,9 óbitos femininos por 100 mil habitantes, na faixa etária de 45 a 64 anos. 

Sobre a fisiopatologia da doença, o esforço físico, estresse emocional, taquicardia ou hipertensão arterial associado à obstrução coronariana alteram tanto a demanda de oxigênio pelo miocárdio quanto a oferta do oxigênio, e assim desencadeia a isquemia miocárdica. 

Diagnóstico

O diagnóstico é baseado na história clínica, presença de fatores de risco e exames complementares. Ademais, o quadro clínico é caracterizado por dor anginosa, com sensação de aperto no peito, compressão, constrição ou queimação espalhada na região precordial.

Por fim, o tratamento da miocardiopatia isquêmica é realizado a partir de orientação sobre mudanças de estilo de vida. Evitar estresse emocional, tratamento e redução dos fatores de risco, tratamento medicamentoso com antianginosos e antiplaquetários e ás vezes pode ser necessário um tratamento mais invasivo, a revascularização percutânea por angioplastia ou cirurgia com colocação de ponte safena e anastomose mamária.

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Texto: Lyz Tavares  

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